Geológica

As Trilobites da nossa coleção

Coleção Firmino Jesus

Florestas Tropicais

Antracite

A exposição de longa duração inicia com uma mostra de fósseis de trilobites. Os mesmos, fazem-nos recuar mais de 500 milhões de anos para conhecer o Nosso planeta. Assim, mergulhamos no Mar existente na Era Paleozoica, no período Ordovícico, quando surgem os primeiros vestígios de vida. Foi um ambiente de águas mais profundas, mas também empobrecido em oxigénio, que possibilitou a formação de fósseis que vieram testemunhar a grande biodiversidade existente neste mar. Entre os vários grupos de fósseis animais, são de salientar, as trilobites, animais artrópodes marinhos.

Firmino dos Santos Jesus, do Lugar do Passal, em São Pedro da Cova, apaixonado por trilobites, viajou durante 30 anos numa aventura em busca de fósseis. Em 2015, procedeu à doação da sua coleção privada ao Museu Mineiro de São Pedro da Cova, sendo composta, na maioria, por fósseis de trilobites, possuindo também exemplares de amonites, peixes e ouriços de vários pontos do Mundo.

A origem das trilobites doadas está no Anticlinal de Valongo, com algumas recolhas importante realizadas em São Pedro da Cova, como por exemplo Eodalmanitina destombesi, Selenopeltis gallica, Neseuretus tristani, Nobiliasaphus nobilis, Zeliszkella, Isabelinia glabrata. Contudo, desta coleção, fazem também parte fósseis de trilobites oriundos da China, Rússia, EUA, Madagáscar, Marrocos, Bélgica, França e Espanha.

É já nos finais do Silúrico, que as plantas começaram a ter mais importância, mas é apenas no Carbonífero que estas se tornam grandes e densas. É neste Período que, na Península Ibérica e na restante Europa Ocidental, se encontravam regiões pantanosas e de baixa latitude, nas quais se desenvolveram grandes florestas sobre um clima quente e húmido. As plantas dominantes nestas florestas eram a Pecopteris e a Alethopteris, representantes dos fetos, e as Calamites e Annularias, plantas articuladas.

Na visitação ao Museu Mineiro encontram-se testemunhos deste período, através de fósseis recolhidos em várias localidades de Gondomar, nomeadamente, em São Pedro da Cova e Covelo. A coleção de fósseis vegetais do Museu Mineiro foi reforçada, em dezembro de 2022, com a doação pelo coletor Jorge Pereira.  

Foi principalmente nos fundos de bacias pantanosas que se depositaram sedimentos de um período da história, proporcionando-se assim o desenvolvimento de turfeiras que posteriormente deram origem a grandes jazigos de carvão. Foi o que aconteceu numa área compreendida entre Janarde (Arouca) e São Fins (Maia), dando origem à Bacia Carbonífera do Douro, na qual foi explorada a Antracite (carvão com elevado teor de carbono). Amostras da antracite extraídas das Minas de São Pedro da Cova, encerram a vertente geológica da exposição.

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