50 anos depois da formação do Centro Revolucionário Mineiro (CRM) — símbolo da luta popular, da resistência e da vontade de transformar a realidade local, a Junta de Freguesia de Fânzeres e São Pedro da Cova, através do Museu Mineiro de São Pedro da Cova, deu voz a uma das reivindicações deste período revolucionário: a preservação do património mineiro e o direito à memória.
Partilhamos a mensagem deixada por um dos intervenientes: João Adriano Rangel, professor na Escola D. Afonso V, no ano da ocupação dos escritórios:
“Ao povo de São Pedro da Cova
Nesta data há 50 anos atrás, um punhado de jovens desse lugar cometeu a ousadia de apagar as marcas, que ainda estavam vivas do fascismo nessa terra. Sararam, de vez, as cicatrizes que os capitalistas das Minas, deixaram no corpo e no coração dos pais, das mães e dos avós desses jovens.
Concretizaram um sonho e resgataram dessas memórias os ideais de liberdade, trazida pela Revolução do 25 de Abril.
Agora que os tempos atuais, ainda são de luta, o Povo de S. Pedro da Cova saberá honrar os exemplos do passado, que fazem gloriosa a alma dessa terra!
Para mim, essa luta ficou-me no coração para sempre e fez de mim um Homem Livre.
Viva a história dos Mineiros e do Povo da S. Pedro da Cova.
Viva a liberdade!
O fascismo não passará!”
22 de maio de 2025